A relação entre oratória e comunicação: 3 níveis importantes nesta relação
Oratória e comunicação no mundo moderno
No mundo moderno, a relação entre fala e comunicação é mais importante do que nunca. Com o advento das novas tecnologias, a forma como nos comunicamos mudou drasticamente. No entanto, a capacidade de comunicar eficazmente ainda é essencial.
Falar em público é uma habilidade que está se tornando cada vez mais importante no mundo moderno. Com a capacidade de envolver e influenciar um público, aqueles que são hábeis em falar em público podem ter um impacto significativo no mundo ao seu redor.
Embora a capacidade de se comunicar efetivamente seja importante em todos os aspectos da vida, é especialmente importante no mundo dos negócios. Na economia global de hoje, a capacidade de se comunicar com pessoas de todo o mundo é essencial. Negócios que são incapazes de se comunicar com clientes, fornecedores, parceiros e investidores estão cometendo suicídio. Na verdade, quando consideramos a importância da comunicação no mundo moderno, podemos dizer que ela é tão importante quanto a oratória. Na verdade, oratória e comunicação são tão interligadas que é difícil falar sobre uma sem mencionar a outra.
Há muitos anos, as habilidades de falar em público e de comunicar por meio de palavras e escrita eram consideradas habilidades distintas. Hoje, já sabemos que elas são igualmente importantes e que a habilidade de falar em público é uma espécie de evidência da capacidade comunicativa. Quando consideramos a relação entre oratória e comunicação, podemos dizer que existem ao menos três níveis diferentes nesta relação.
A habilidade de falar em público
Nível 1: Emparelhamento
No primeiro nível, as duas habilidades são emparelhadas. Quando há tanta vontade de falar em público que em qualquer evento é possível fazer uma apresentação! É quando há muita vontade de falar em público que a pessoa sequer pergunta sobre o tema da apresentação! Isto é só um exemplo de emparelhamento entre as duas habilidades numa pessoa. Isso obviamente deve servir como meio caminho andado para falar em público, mas ainda é como se uma pessoa só tivesse lido a primeira metade de um livro. Em outras palavras, o básico da oratória e da comunicação, como um modo de a pessoa se certificar de sua capacidade de falar em público.
Nível 2: Apresentações estruturadas
Aqui é quando as coisas sobre oratória e comunicação ficam muito mais complexas do que experimentado no emparelhamento das habilidades. Agora, as palestras devem ser um pouco mais estruturadas quando falamos de oratória e comunicação.
Apresentações estruturadas são aquelas em que você divide seu público em vários grupos e fala sobre um determinado tema para cada grupo, permitindo que as pessoas perguntem. Essa técnica é útil porque permite que as apresentações sejam mais focadas e menos autoritárias. Com isso, você também permite que as pessoas questionem o que você está dizendo.
Nível 3: Apresentações criativas
Apresentações criativas são aquelas em que você apresenta algum material produzido por outras pessoas (filmes, vídeos, podcasts, literatura) e usa isso para embasar suas apresentações sobre um determinado tema. Normalmente, esses materiais produzidos por outras pessoas são filmes, mas também podem ser apresentações, vídeos ou podcasts. Essa técnica possui vantagens e uma das razões é que não é preciso produzir material original, o que é muito valioso quando você está falando de orçamento (apesar de ser possível produzir material original gratuitamente com o YouTube).
Outra razão para apreciar esta técnica é que filmes e apresentações são realmente muito bons para focar nas pessoas e nos problemas deles. Quando você usa esses materiais para falar sobre um assunto, as pessoas tendem a lembrar das histórias e dos personagens dos filmes muito bem.
Isso é ótimo para a comunicação, já que as pessoas veem você como uma pessoa capaz de ajudar as outras nas questões que você aborda. Apresentações criativas também são úteis para apresentar pontos de vista diferentes sobre um tema, o que é muito bom para ampliar o espectro de entendimento.
Quando você aborda um tema de forma diferente dos outros e mostra os motivos pelos quais seus pontos de vista são bons, as pessoas começam a ver você como alguém que está pensando realmente sobre as questões e isso é muito bom inclusive para networking.
Quando você apresenta um filme ou uma apresentação feita por outras pessoas, além de poder experimentar diferentes pontos de vista, você pode sintonizar as características das pessoas que produziram o material original, criando um continente maior de exploração de sua comunicação.
Oratória e Retórica: qual a relação entre elas
Retórica e oratória são duas áreas da comunicação que estão intimamente relacionadas. Enquanto a retórica é o estudo da arte da persuasão, a oratória é a prática de usar essas técnicas para persuadir ou influenciar o público. Embora as duas sejam intimamente ligadas, há algumas diferenças importantes entre elas.
A retórica está mais focada na teoria do que na prática. Enquanto os retóricos pensam sobre a estrutura lógica da argumentação e como reforçá-la, os oradores fazem uso dessas técnicas de maneira mais imediata e ao vivo. Um orador pode ter um nível de retórica muito alto, mas um retórico pode não ser um bom orador. Para se tornar um bom orador, é preciso praticar mais do que apenas ler sobre retórica.
A oratória é uma área específica da retórica. Embora a oratória seja frequentemente abordada como uma área da comunicação, ela também é uma área da linguística – o estudo do uso da língua falada e escrita em contextos específicos. A oratória envolve o estudo da preparação e duração de uma apresentação oral, bem como a produção de texto para a apresentação. Um orador pode ter um nível muito alto de retórica, mas pode não ser um bom escritor. Para compensar isso, um orador precisa aprender a ler e produzir textos falados (ou texto escrito especialmente para ser lido em voz alta).
Na forma mais básica, a relação entre oratória e retórica é a seguinte: um bom orador precisa ter um nível razoavelmente alto de retórica.
Um orador que não seja um bom retórico pode, em teoria, usar outras técnicas para fazer uma apresentação boa, mas os resultados são frequentemente mais inconsistentes.
Um orador que usa apenas técnicas de comunicação, sem se atentar à retórica, costuma ter dificuldades de produzir textos claros e argumentativos. Para um profissional da área da comunicação que não é um orador muito habilitado (que tenha pouca energia física e intensidade em sua voz, por exemplo), a única forma de realizar uma pesquisa qualitativa com os clientes é utilizar técnicas de entrevista por telefone.
Um orador muito habilitado pode usar técnicas diversas de comunicação (entrevistas por telefone, pesquisa por questionário ou folheto, apresentações ou mesmo interação direta com clientes) para um resultado final mais consistente.
A retórica é um dos campos da linguística que estuda a produção e recepção de textos falados. Por isso, um bom orador precisa ter habilidades físicas (como intensidade na voz e movimentos em sua apresentação) bem como uma intensidade em seu discurso que vai influenciar a recepção do seu texto falado. Ou seja, o orador precisa ter uma boa comunicação (comunicação falada), mas também precisa ter um nível razoável de retórica (estrutura e argumentação do texto falado).
A retórica estuda também a produção e recepção de textos escritos, mas com uma intensidade diferente. Em apresentações orais, por exemplo, a intensidade física dos oradores é um ferramental importante para produzir um bom texto.
Já na leitura de um texto escrito em voz alta, a importância da intensidade física é menor – a estrutura do texto e as técnicas de comunicação (leitura de textos escritos) são as principais ferramentas para uma boa recepção do texto falado.
Para um orador muito habilitado, é possível que ele produza textos com estrutura e técnicas de comunicação muito bem argumentadas mesmo quando está lendo um texto escrito. Já para um comunicador inconsistente, a única forma de produzir um bom texto é falando em voz alta (com intensidade física).
Com isso, podemos concluir que oratória e comunicação são disciplinas que estão na mesma relação que medicina e ciência.