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A indústria cultural é uma das principais responsáveis pela forma como as pessoas consomem os produtos culturais. A cada dia, ela se torna mais presente em nossas vidas, seja através da televisão, do cinema, da música ou da literatura. A indústria cultural é, portanto, um fenômeno social que deve ser analisado à luz da sociedade do espetáculo.
A "sociedade do espetáculo" é uma frase usada pelo filósofo francês Guy Debord para descrever a sociedade contemporânea, em que as pessoas vivem principalmente para o consumo e são constantemente bombardeadas por mensagens publicitárias. Nesta sociedade, as pessoas se tornam meros espectadores de suas próprias vidas e de acontecimentos que não têm nenhum significado real para elas. Debord argumenta que este tipo de sociedade é altamente artificial e foi construída pelo capitalismo. Na verdade, ele argumenta que a "sociedade do espetáculo" não é uma sociedade de verdade e é apenas uma ilusão. Uma ilusão que cria uma vida artificial cada vez mais rápida. Vamos entender um pouco mais sobre a teoria da "sociedade do espetáculo" e como ela afeta nossas vidas diariamente.
No início da teoria, Debord faz um paralelo entre a vida real e a vida que é mostrada na televisão. Na sociedade moderna, Debord afirma que existe uma divisão cada vez mais clara entre o trabalho e o lazer. O lazer é reservado para aqueles que têm condições financeiras e sociais adequadas e o trabalho é feito por aqueles que não têm essas condições. O trabalhador é colocado “na larga base inferior da pirâmide societária”, enquanto os que controlam a sociedade estão em “alturas inacessíveis”. Essa divisão de classe é reforçada pelo consumo e pela publicidade, que Debord chama de “espetáculo”. O espetáculo inclui tanto a publicidade como a televisão, pois “cria uma divisão artificial da atividade social em um lado espectadores, outro atores”.
A teoria da "sociedade do espetáculo" é importante porque ela revela como a estrutura básica da sociedade molda nossas vidas diariamente. Assim, apesar de parecer que temos muita liberdade no mundo moderno, a divisão de classe e a estrutura do trabalho em espetáculos cria uma ilusão que impede as pessoas de ver o verdadeiro poder dos grupos dominantes.
Debord faz uma profunda análise da sociedade moderna. Ele está dizendo que as pessoas não se revoltam porque as atividades sociais já são um fim em si mesmo. Quando ele diz “atividade social é já um fim em si mesmo”, ele está se referindo ao fato de que a divisão de trabalho e o espetáculo tornaram socialmente inaceitável a ideia de que há outras formas de viver fora do trabalho e do consumo. Para mostrar como isso funciona, vamos usar como exemplo uma festa.
A festa é um espetáculo: as pessoas estão vestidas bonitinho, dançando, bebendo e se divertindo. Na festa, há uma divisão clara do espetáculo (as pessoas) e do espectador (você). Você pode participar da festa por meio do consumo: comprar bebida, comer petit four e tocar música. Tudo isso é um espetáculo para quem está fora da festa também. A diferença é que, enquanto o espectador for interno à festa (ou seja, quando você participar do espetáculo), você vai se divertir muito. Quando você é um espectador externo à festa (ou seja, quando você está fora do espetáculo que é a festa), vai se aborrecer muito.
A festa é um espetáculo para quem está dentro e para quem está fora. Mas as coisas funcionam de forma muito diferente dentro da festa e fora da festa. Na realidade, o que acontece é o seguinte: a divisão do espetáculo tornou-se tão intensa que tornou-se socialmente inaceitável questionar se há outras maneiras de se divertir e ser feliz fora dessas atividades específicas, como festas, restaurantes, teatros e cinemas. Quando as pessoas questionam essa forma de vida, elas tornam-se “desesperadas”. Por que isso acontece? Para Debord, é porque as outras formas de viver fora dessas atividades específicas já foram sufocadas pelo espetáculo.
Fonte: Sociedade do Espetáculo