Macunaíma é uma novela impregnada de folclore, mitologia e história brasileira. O livro se inspira fortemente nas tradições orais das tribos indígenas do país, assim como nas culturas africana e portuguesa que influenciaram o Brasil ao longo dos séculos. Andrade usa esta rica tapeçaria de culturas para tecer um conto que explora vários temas.

O herói epônimo da história, é um trapaceiro que muda de forma e está constantemente em busca de sua verdadeira identidade. Através de suas aventuras, Andrade explora a ideia de que a identidade não é fixa, mas sim um conceito fluido e em constante mudança. Além disso, ele enfatiza a importância de abraçar a própria herança e cultura para compreender plenamente a própria identidade.

Macunaíma é uma história sobre o poder, tanto físico quanto político. O personagem titular está frequentemente em conflito com outros personagens que procuram dominá-lo ou reivindicar o que ele possui. Andrade, através de sua história, destaca a luta pelo poder e as formas pelas quais os indivíduos o utilizam para promover suas agendas ou obter benefícios pessoais.

Este romance desafia os papéis tradicionais de gênero. As mulheres do livro são frequentemente retratadas como personagens fortes, assertivas e independentes, que exercem poder e controle. Seus papéis não se limitam ao de donas de casa, mas se estendem também a cargos de liderança.