Descobertas na escrita ou na conduta de escrever?

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Há prazer em escrever sem pensar nos leitores. É sempre uma descoberta, aquilo que nos acontece, que nos cerca, que nos acompanha ao fazer a escrita.

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Na Barnes & Noble há ampla variedade de gêneros literários:

Ficção Científica/Fantasia
Literatura de língua inglesa
Livros infantis
Livros de não ficção
Livros acadêmicos

Para iniciar, falando como escritor, acho que a palavra a ser aproveitada para essa pergunta é a invenção, para que nós possamos falar sobre o que é novo na escrita como um todo.

Apesar de ser um conceito bem amplo, é possível destacarmos um tema dentre outros. Por exemplo, a escrita automatizada.

Recentemente, pesquisadores do Google apresentaram um aprendizado de máquina que aprendeu a escrever sozinha, sem nenhuma intervenção humana, o que deixou todos de queixo caído. Trata-se de uma importante descoberta, que promete revolucionar o sentido dessa técnica.

Mas a escrita automatizada também é um termo usado para descrever como uma pessoa pode escrever com seus pensamentos em vez de ter que escrever manualmente com a ponta dos dedos.

Este é um tipo de escrita que geralmente pode ser visto em pacientes que sofreram um derrame ou em pessoas com certas deficiências.

Um estudo realizado em 2013 revelou que a maioria das pessoas com afasia, um distúrbio de linguagem, que praticava uma forma de escrita automatizada, era capaz de aumentar a produção de palavras após trabalhar com ela por 3 a 6 meses. Por isso, a escrita automatizada é considerada uma ferramenta eficaz para ajudar as pessoas a recuperar suas habilidades linguísticas.

Descobertas como escritor

Gostaria que você me ajudasse a fazer uma lista com os pontos que mais me divertem enquanto escrevo.

Pessoalmente, eu gosto de explorar a escrita, o que está por trás dos sentidos (metassemântica?), pensar em outros ângulos da questão-objeto, procurar pelas coisas que estão aqui para ouvir, para ver, para saber, e todas as coisas que servem de estímulo.

Não raro, eu tento escrever um parágrafo sobre o que eu gosto, mas no meio do caminho a direção muda e vou parar em um lugar desconhecido, recém descoberto. E nem sempre isso é agradável porque aparecem coisas que não sabíamos que existiam! E isso vale também para o contexto novo que pode surgir do recém descoberto.

Mas há a questão também é se pode haver alguma automatização na escrita de um autor. Pensando na própria palavra “automatização”, ela pode ter diferentes significados em diversos contextos.

Pode haver automatização na escrita de um autor? Sim, mas esse tipo de automatização é feito de forma consciente (automatizando tarefas mentais, por exemplo).

Escrever é um hábito que envolve constantemente os músculos da mão, que se acostumam com frases, letras e sílabas (lembra-se de como ficou fácil de escrever em uma máquina de escrever depois da prática?).

Só sei que a única forma de revelar o desconhecido dentro de nós é com a palavra. E esta palavra pode ser única e nos fazer acreditar que o mundo é infinito, que não existe um limite, que temos o direito de sonhar e buscar concretizar esse sonho com nossas palavras.

As dicas de autores às vezes tornam o processo de escrever mais fácil

Para quem quer se tornar um escritor, um pensamento importante é entender o que é sua dinâmica de escrita. Afinal, escrever não é para todos. Porém, se você quer começar, certamente terá algumas dicas de autores que podem ajudá-lo.

A dica de Sandra Cisneros, precursora de uma literatura de fronteira, é para escritores que têm dificuldades na parte final da escrita, ou seja, na hora de terminar o texto, onde se deve colocar novas linhas.

Ela sugere escrever o final de uma história, mas deixá-lo incompleto, para ser depois recheado até se completar.

Sandra Cisneros também aconselha romancistas que têm dificuldade com a última parte do texto a reescrever o que foi escrito para que, ao final, a narrativa fique clara.

Eis outras dicas interessantes para animar quem deseja escrever com maior fluência:

  • Leia muito e escreva
  • Escreva sobre o que gosta
  • Escreva para o público certo
  • Escreva para si mesmo
  • Escrever é melhor do que falar
  • Duro é melhor do que fácil
  • Escrever é melhor do que nada
  • Escrever em casa é melhor do que em qualquer outro lugar.

A dica de um grande escritor de ficção

Gabriel García Márques é um autor colombiano que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Ele é mais famoso por seu romance “Cem anos de solidão”, entre outras grandes obras geralmente classificadas como realismo mágico.

Márques disse em entrevista que, para escrever ficção, existem três qualidades que o escritor deve ter:

1) eles devem ter imaginação – imaginação é a parte mais importante da escrita de ficção;

2) eles precisam ter senso de humor – isso os ajuda a escrever com facilidade;

3) eles devem ter a memória – isso os ajudará a escrever com precisão.

Trecho da entrevista:

“Qual é a sua opinião sobre como se tornar um escritor?”

“O autor trabalha muito, estuda muito, é autodidata, é um ser estudioso, tem muita vontade, tem muita força, tem que ter muito talento, tem que ser muito bem preparado, tem que ter muito apreço à cultura, à história, para ser escritor. Tem que ter muito amor à literatura, muito amor à arte para ser um autor.”

O prazer de escrever, por si só, é uma descoberta

Há prazer em escrever sem pensar nos leitores. É sempre uma descoberta, aquilo que nos acontece, que nos cerca, que nos acompanha ao fazer a escrita.

Escrever é um prazer que nos faz honestos e insistentes, é um prazer que não tem medo de perder o próprio tempo com as palavras.

Escrever é uma surpresa que nos acontece, um desejo, um sonho. Escrever é separar o que está dentro de nós e colocá -lo para fora. Descobrir as palavras que envolvem os pensamentos e as ideias torna -se modo de vida.

Escrever ou o ato de escrever?

Melhor responder – a escrita – porque ela traz sempre uma surpresa que nos acontece. E, com o tempo, ela se torna um trabalho sem esforço, um exercício de “magia” que envolve pensamentos e ideias.

A dica de um escritor de não-ficção

Segundo Jared Diamond, autor americano, uma das qualidades mais importantes para um escritor de não ficção é uma boa pesquisa. A pesquisa garante que o conteúdo seja mais factual e evite erros. A pesquisa também garante que se mantenha atualizado e não diga nada do que foi refutado.

Mas a pesquisa não é a única qualidade importante de um bom escritor de não ficção. Uma boa escrita é tão importante. A não-ficção precisa ser envolvente e fácil para o leitor entender, e o tom do texto precisa ser apropriado e profissional.

Assim, uma boa dica para escrever não-ficção seria, além de pesquisar e escrever, entender o propósito do texto para aumentar o fulcro do que ainda precisa ser pesquisado.

A pesquisa primeiro serve para o autor entender o assunto que ele escolheu pesquisar. Depois, é recomendável entrar no universo no qual o assunto principal se insere e com isso ter mais direcionamento para levar adiante o trabalho.

Mesmo que o tema do seu texto seja bastante interessante, certamente é um bom princípio focar nas questões que pretende discutir no texto, antes de começar a escrevê-lo.

Um erro de escrita frequentemente cometido pelos autores de não-ficção é o de usar muitas palavras para o que pode ser dito em menos palavras.

Conclusão

Descobertas na escrita ou na conduta de escrever é conhecido como o que é chamado de um talento. Mas todo talento deve ser exercitado para se tornar excelência, portanto o caminho pode ser duro e longo nessa estrada.

A ideia de sempre treinar para descobrir achados interessantes com o processo da escrita é sempre um desafio dos mais gostosos quando se vê o ofício de escritor como um ramo que está sempre demandando permanente atenção, cuidado, sentimento, envolvimento e, claro, paixão. Sem isso a roda não gira.

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