A batalha dos aflitos: de que lado você está?

Batalha dos aflitos: a batalha de todos os dias

Há uma batalha sendo travada todos os dias, ao nosso redor.

É uma batalha entre aqueles que estão lutando e aqueles que não estão.

É uma batalha entre os doentes e os saudáveis, os pobres e os ricos, os necessitados e os autossuficientes.

É uma batalha entre os que têm e os que não têm.

É uma batalha entre os aflitos e os não afligidos.

É uma batalha entre aqueles que estão lutando por suas vidas e aqueles que estão vivendo suas vidas.

É uma batalha entre aqueles que estão tentando sobreviver e aqueles que estão tentando prosperar.

É uma batalha entre aqueles que estão apenas sobrevivendo e aqueles que estão fazendo mais do que apenas sobreviver.

É uma batalha entre aqueles que estão lutando e aqueles que não estão.

E aí, de que lado você está?

Batalha dos aflitos: a desigualdade

A batalha dos aflitos é uma batalha que acontece todos os dias, nas ruas e nas entradas das escolas.

É um resumo de uma batalha entre os ricos e os pobres, entre os que têm e os que não têm.

Os aflitos são aqueles que lutam para sobreviver, para ter o que comer e um lugar para dormir.

Eles lutam contra a fome, a miséria e a injustiça.

A batalha dos aflitos é uma batalha contra a desigualdade.

É  uma batalha contra o fato de que dois por cento da população mundial possui 45 por cento dos bens.

É contra o fato de que um por cento da população mundial detém 40 por cento da riqueza mundial.

Por isso, a batalha dos aflitos é uma batalha em prol da justiça.

A batalha dos aflitos é realizada todos os dias na cidade onde você vive.

Assim é em grandes capitais como São Paulo, onde milhares de pessoas se aglomeram nas ruas para vender itens de comercio informal, como CDs, livros e roupas.

Nas escolas em que alguns alunos vêm para a aula com livros e cadernos enquanto outros vão para a aula sem ter o básico para estudar.

Nas grandes e luxuosas casas dos bairros cômodos e recursos inteligentes enquanto que nas periferias mal se sustentam as vigas de madeira que sustentam o que chamam de moradias.

Na calçada, no poste ou em barracas de pano, a batalha dos aflitos é realizada todos os dias na sua cidade! Em algumas mais que outras, mas a batalha dos aflitos põe a desigualdade na berlinda.

Batalha dos aflitos: esperança x desesperança

Desesperança cria batalha. Quando estamos perdidos em nossa escuridão, devemos lembrar que sempre há esperança.

A esperança é a luz que nos guia ao nosso destino. É o que nos dá força para lutar, mesmo quando estamos cansados e maltratados.

Quando perdemos toda a esperança, é o desespero que vence, que, para muitos, é um mantra, pois perderam a esperança frente à desigualdade da qual se sentem vítimas.

Mas essa questão é delicada não só no campo econômico, do ter ou não ter, mas também do ponto de vista existencial, do ser ou não ser, do merecer ou não merecer, do se gostar ou não se gostar, e de tantas variações em que a batalha dos aflitos acontece dentro de cada pessoa, mesmo de quem nem imaginamos nunca sofrer.

Muitos dizem que a batalha dos aflitos é vencida quando encontramos esperança na vida.

A esperança é a luz que nos mostra o caminho para o futuro.

Sem esperança, ficamos presos no passado e não conseguimos avançar.

A batalha dos aflitos então é vencida quando abraçamos a esperança e deixamos que ela nos guie para um futuro melhor.

Mas e para aqueles que a perderam por completo?

Quando o sofrimento bate à nossa porta, encontramos duas opções de reação: agir com revolta e raiva ou com serenidade e esperança.

Agir com raiva e revolta é uma reação normal. Mas quando a dor começa a passar e a esperança começa a tocar nossos corações, é preciso ser muito cuidadoso.

Às vezes, a esperança batuca tão suavemente que julgamos ser um barulho de nada e continuamos a agir com raiva e revolta. Essa é uma batalha perdida.

Para vencê-la, é preciso entender que agir com raiva e revolta não quer dizer ser verdadeiramente pessimista e azedo.

Pessimismo e azedume são características de quem está apenas triste. Quando estamos com raiva e revolta, nunca devemos deixar que esses sentimentos tomem conta do nosso coração, pois os estragos advindos desses sentimentos podem deixar marcas indeléveis.

Vale ver um exemplo bíblico, com Abraão, o patriarca do judaísmo e do monoteísmo. Ele não demonstrou inclinação para agir com revolta e raiva (Gênesis 20:11), até o ponto em que foi desrespeitado no seu próprio lar. Apesar disso, Abraão não deixou que a ira tomasse o controle sobre seu coração. Ele guardou a calma e, na hora certa, agiu com justiça (Gênesis 21:12).

Batalha dos aflitos: e quem é ateu onde encontrar esperança

Os ateus muitas vezes se encontram em uma posição difícil quando se trata de esperança.

Sem a crença em um poder superior, pode ser difícil encontrar algo em que acreditar.

No entanto, ainda há coisas pelas quais os ateus podem esperar. Eles podem esperar por um mundo melhor, por exemplo, ou pelo progresso da raça humana.

Eles também podem esperar felicidade e realização em suas próprias vidas. Seja o que for que os ateus esperam, eles podem encontrar conforto em saber que não estão sozinhos em suas crenças.

Há muitas outras pessoas que compartilham sua falta de crença e, juntas, podem continuar lutando por um futuro melhor.

Mas a batalha dos aflitos transcende a religião e está no coração do homem.  Ninguém está livre dela.

De um lado, há o apelo da vida tranquila, da segurança, da autocongratulação e do ego. De outro lado, há o apelo para viver uma verdadeira vida, fugir da imagem falsa que colocamos para desviar de responsabilidade e enfrentar nossos medos.

Para perceber qual lado você está, pergunte-se: quais são meus valores? Com que frequência eu realizo estas ações?

Qual é a forma como você julga as pessoas?

Qual é a forma como você agradaria aos outros e a si mesmo?

Como você encara seus desapontamentos, derrotas, fracassos e problemas?

Como você enxerga seu trabalho?

Como você se ajuda quando está doente ou sofre?

Como você age em situações de aperto e risco?

E mais:

Qual é a natureza de suas amizades – uma em que você se eleva e é elevado ou uma em que você se apega por medo de ficar sozinho?

Qual é o caráter do seu casamento – um onde você se esforça para entender e perdoar ou um onde você planeja seguir seu próprio caminho o tempo todo?

Qual é a maneira como você cria seus filhos – uma em que você se certifica de que eles estão orgulhosos de si mesmos ou em que você os faz aceitar coisas inaceitáveis para deixá-los felizes e orgulhosos?

Se você ora a Deus, porque acredita numa Força Maior, qual é a qualidade de suas orações? Você agradece pelas coisas ou deseja mais e mais coisas materiais?

A lista pode ser infinita, depende do ângulo que se tomar para questionar tantas coisas que estão no coração do homem.

Batalha dos aflitos: é para a vida toda, melhor aprender a lutar desde cedo

Na vida, haverá muitas batalhas. Algumas serão grandes e outras serão pequenas, mas todas serão importantes.

É melhor aprender a lutar desde cedo, para que quando as grandes batalhas vierem, você esteja pronto.

A batalha dos aflitos é uma dessas batalhas. É aquele que é combatido todos os dias, por todas as pessoas. É a batalha contra as coisas que nos derrubam, as coisas que nos fazem sofrer. É a batalha contra a tristeza, a raiva, o medo e todas as outras emoções negativas. É uma batalha que parece nunca ser vencida, mas que deve ser travada mesmo assim. Então, não há outra coisa a fazer senão aprender a lutar desde cedo.

E então, vamos à luta!

 

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