A Escola do Bem e do Mal: um passeio temático pela obra de Soman Chainani
Amizade e moralidade são alguns temas presentes na série de livros A Escola do Bem e do Mal, de Soman Chainani.
A amizade entre Sophie e Agatha é colocada à prova quando elas são separadas nas escolas: Sophie é enviada para a Escola do Bem e Agatha para a Escola do Mal. Ao longo da história, o leitor testemunha a profunda ligação entre as duas amigas e como essa relação se desenvolve e muda conforme as personagens são influenciadas pelo ambiente em que estão.
A representação da amizade sob o ponto de vista do bem é apresentada pela amizade entre Sophie e Agatha. Sophie é obcecada por ser considerada uma princesa e, inicialmente, está disposta a sacrificar sua amizade com Agatha para se encaixar nos padrões de beleza e de bom comportamento. Ela acredita que, para ser uma princesa do bem, precisa se afastar das características de uma vilã. No entanto, ao longo da narrativa, Sophie percebe que a verdadeira essência da amizade está em amar e aceitar alguém pelo que ela é, independentemente de qualquer definição de bem ou mal.
Por outro lado, a representação da amizade sob o ponto de vista do mal é exemplificada pela relação entre Agatha e Tedros, um príncipe da Escola do Bem. Agatha, que inicialmente é enviada para a Escola do Mal, se aproxima de Tedros, que é considerado um herói. A amizade entre eles transcende as fronteiras do bem e do mal, mostrando que a verdadeira amizade não está limitada por rótulos ou estereótipos.
A obra também explora a ideia de que a amizade pode estar presente tanto no bem quanto no mal, pois seus valores são universais e independentes da noção de moralidade que a sociedade impõe. A amizade é retratada como um laço poderoso que pode resistir às adversidades e superar as diferenças. O autor nos convida a refletir sobre o significado da verdadeira amizade, mostrando que ela está acima de qualquer julgamento superficial baseado em conceitos pré-determinados de bem ou mal.
O tema da moralidade é abordado de maneira intrigante, pois os personagens principais, Sophie e Agatha, são melhores amigas que são levadas para essa escola e são atribuídas às Escolas para o Bem e Escolas para o Mal, respectivamente. Ao longo da série, eles enfrentam desafios que as fazem questionar o significado do bem e do mal, e como esses conceitos estão interligados.
Através da jornada de Sophie e Agatha, o autor nos mostra que o bem e o mal não são traços fixos e inerentes às pessoas, mas sim escolhas que fazemos ao longo da vida. Ele explora os aspectos cinzentos da moralidade e como as ações podem ser interpretadas de maneiras diferentes, dependendo do ponto de vista.
A representação da moralidade como um ente separado é um elemento interessante da série. Chainani personifica a moralidade através de personagens como o Diretor da escola e o conselho dos Anciãos, que são responsáveis por julgar e definir o que é certo e errado. Esses personagens, por sua vez, são ambíguos e mostram que a moralidade em si pode ser subjetiva e passível de manipulação.
Além disso, o autor explora a ideia de que a moralidade não é necessariamente uma força externa, mas também está presente dentro de cada indivíduo. Ele mostra como os personagens principais lutam com suas próprias noções de certo e errado e como suas ações refletem sua interpretação da moralidade.
Em suma, na série The School for Good and Evil, Soman Chainani apresenta os temas da moralidade e da dualidade entre o bem e o mal de forma complexa e intrigante. Ele nos lembra que a moralidade não é uma entidade fixa, mas sim um resultado de escolhas e perspectivas individuais.